sábado, 17 de março de 2012

As Falsidades da Sola


Na comunidade "Protestantes x Católicos" (http://www.orkut.com.br/Main#CommTopics?cmm=25848229) foi aberto um tópico intitulado "A Origem da Falsa doutrina da Sola Scriptura" (http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=25848229&tid=5720404707545113543) de autoria do confrade Alexandre Moreira (http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=3246698157262724922)e que apresenta uma brilhante explanação dos equívocos que embasaram os pilares do nascente protestantismo cristão. Em seu tópico o autor coloca também como cada uma das propostas de Lutero e dos primeiros reformadores foram contestadas em obras da Tradição da Igreja, Tradição essa que os mesmos reformadores aboliram para ficarem a vontade para inventar a nova doutrina.

Eis os pontos mais importantes do tópico:


A ORIGEM DA FALSA DOUTRINA DA SOLA SCRIPTURA

Fixando o último prego do caixão da Sola Scriptura...

Martinho Lutero (1483-1546) costuma a receber o crédito pela invenção da falsa doutrina da Sola Scriptura (="Somente a Bíblia" ou "Suficiência da Bíblia"). Ele, que havia se separado da autoridade do Papado e do Magistério, tinha, por conseqüência, perdido toda a autoridade nos assuntos tratados pela Igreja. Então, voltou-se para a Bíblia, afirmando que ela era a única fonte de autoridade. Poderia um livro ser a única fonte de autoridade? Poderia a Constituição do Brasil prevalecer sozinha sem a autoridade de um Corpo que a interpretasse? Qual Corpo teria autoridade para resolver
questões oriundas das interpretações opostas acerca das normas escritas nela? Por quanto tempo esse país poderia durar se os fundadores (a Assembléia Constituinte) não tivessem previsto o estabelecimento de uma Corte Suprema (o Supremo Tribunal Federal-STF), que teria a última palavra na interpretação da lei deste país? Certamente, esse país se fracionaria desde o começo.

E não é exatamente assim que acontece no Protestantismo? Lutero se separou da Igreja Católica em 1521 e imediatamente surgiram problemas entre ele, Zwínglio (seu amigo reformador da Suíça) e Tomás Muntzer. Nesse mesmo ano, Muntzer se separou e formou os Anabatistas. João Calvino se separou em 1536 e constituiu o Calvinismo. John Knox pulou fora do barco e formou os Presbiterianos em 1560. John Smith fundou os Batistas em 1609, e John e Carl Wesley fundaram o Metodismo em 1739.

A partir do momento em que se separou da Igreja Católica, o Protestantismo perdeu a "Suprema Corte" de interpretação da Bíblia - o Papado e o Magistério - e acabou
por perder toda a autoridade que tinha sido dada a eles pelo próprio Deus. As separações continuam até hoje. Existem agora mais de 28.000 (com todo o respeito ao autor, acho que este trabalho está ultrapassado, hoje passam de 50.000)seitas protestantes diferentes, sendo que nenhuma delas pode reclamar autoridade para interpretar a Lei de Deus, a Sagrada Escritura. O [problema] é tal que as seitas disputam entre si e se separam internamente ainda mais. Há divisões nos Batistas e várias divisões em todas as outras seitas principais do Protestantismo... É cada homem interpretando, por sua própria cabeça, a Bíblia para o Protesntantismo.

Se isto parece certo para você, tudo bem, mas é bom se preparar para as conseqüências... Não existe unidade naquilo que Martinho Lutero começou.Se há algo que conseguiu, este algo foi tornar impotente uma grande parte do Corpo de Cristo. Fica fácil de perceber a obra de Satanás aqui,porque SEU plano é dividir e conquistar (confronte Mateus 12,25 para o plano de Satanás, com João 10,16 para o plano de Jesus Cristo!).

No que você acredita ser a raiz de todo esse caos? Foi a implementação da falsa doutrina da Sola Scriptura e, com ela, a interpretação particular das Sagradas Escrituras (proibida em 2Pedro 1,20 e 3,16). Como todo o Protestantismo pode interpretar a "Constituição das Leis de Deus" - a Santa Bíblia - da forma como crê conveniente, provoca nele mesmo divisões, desuniões e caos.

Na verdade, seria mesmo muito estranho que Deus nos tivesse entregue um Livro infalível e não nos tivesse deixado um intérprete com autoridade e infalibilidade. Você e eu sabemos que Deus nunca teria feito isso.

Martinho Lutero foi um escritor prolífico e sustentou muitos pontos de vista contrários aos da Igreja Católica. Em 1º de novembro de 1517, Lutero reuniu 95 Teses, das quais era autor, e as fixou na porta da igreja do castelo de Vitemberg,
na Alemanha. A Igreja Católica respondeu, exigindo que Lutero se retratasse das declarações que eram contrárias aos ensinamentos da Igreja. A primeira menção da falsa doutrina da Sola Scriptura ocorreu quando Martinho Lutero foi questionado no Sínodo de Augsburgo (Alemanha), em outubro de 1518. Ao apelar para um Concílio, Lutero apontou a Bíblia e sua interpretação dela, sobre a interpretação do
Papa. Embora ele admitisse que a autoridade do Concílio e da Bíblia eram
equivalentes, Lutero deu um passo a mais declarando posteriormente que a
Escritura estava acima do Concílio e que os Concílios Ecumênicos já tinham errado em matéria de fé. Como resultado, foi classificado como herege.

Martinho Lutero removeu sete livros do Antigo Testamento. Removeu coisas da Palavra de Deus. Os livros inteiros que ele removeu de seu devido lugar nas Sagradas Escrituras e jogou em um Apêndice são: Baruc, Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiásticos e 1Macabeus e 2Macabeus. Mais tarde, estes livros foram totalmente removidos das Bíblias protestantes. Como já foi dito, ele fez o mesmo com quatro livros do Novo Testamento. Todos esses livros tinham estado em todas as Bíblias por mais de 1.100 anos. Quem tinha autoridade para removê-los? Martinho Lutero? Outra pessoa?

Martinho Lutero rejeitou toda a autoridade da Igreja e declarou que a Bíblia era
a única autoridade. Em nenhuma parte das Escrituras está escrito que elas mesmas são "a única autoridade", nem dizem que são "auto-suficientes"). Ele se afastou da Palavra de Deus (Isaías 22,20-22; Provérbios 11,14; 24,6; Mateus 18,17; Lucas 10,16; 2Coríntios 10,8; 1Timóteo 3,15, Hebreus 13,17).

Martinho Lutero acrescentou a palavra "somente" a Romanos 3,28. Ele fez acréscimo à Palavra de Deus!

Martinho Lutero condenou a Tradição como não-bíblica (já que não podia tê-la a seu favor), passando assim a negar alguns versículos [da Bíblia]. Ele fez supressões à Palavra de Deus! Martinho Lutero declarou que as obras eram inúteis para a salvação. Ele fez uma supressão à Palavra de Deus (Tiago 2,24-26)!

Martinho Lutero redigiu uma série de panfletos, nos quais declarava que o
sacerdócio e o ofício episcopal deveriam sumir. Ele fez uma supressão à
Palavra de Deus, a qual claramente estabelece o ofício episcopal e o
sacerdócio (Atos 6,5; 14,22; 20,28; Tito 1,5; Tiago 5,14).

As referências a seguir, retiradas dos escritos dos Padres da Igreja, refutam cada uma das heresias de Martinho Lutero, como tenho demonstrado
neste artigo:

* Autoridade:

- Inácio de Antioquia, Carta aos Efésios 5,3 - J38a,b,43,44,47,48,49,58a.
- Inácio de Antioquia, Carta aos Esmirnenses 8,1 - J65.
- Tertuliano de Cartago, Contra Marcião 4,5,1 - J341.
- Agostinho de Hipona, Contra a Carta de Mani 5,6 - J1581.
- Agostinho de Hipona, Contra Fausto 33,6s - J1607, *J1631.

* Cânon do Novo Testamento:

- Atanásio de Alexandria, Carta nº 39 - J791.
- Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica 3,25,1 - J656.

* Cânon do Antigo Testamento:

- Dâmaso de Roma, Decreto de Dâmaso 2 - J910t.
- Atamásio de Alexandria, Carta nº 39 - J791.
- Jerônimo, Prólogo Galeático - J1397.

* Cânons do Antigo e do Novo Testamento:

- Dâmaso de Roma, Decreto de Dâmaso 2 - J910t.
- Rufino de Aquiléia, O Credo dos Apóstolos 35-37 - J1344.
- Agostinho de Hipona, Da Instrução Cristã 2,8,13 - J1585.
- Inocêncio I de Roma, Carta a Exupério 6,7,13 - J2015b.

* Livre Arbítrio:

- Justino Mártir, 1ª Apologia 43 - J123.
- Teófilo de Antioquia, A Autólico 2,27 - J184.
- Atanásio de Alexandria, Discurso contr aos Arianos 3,6 - J775.
- Gregório de Nissa, Grande Catecismo 31 - J1034.
- João Crisóstomo, Sobre Hebreus 12,3,5 - J1219.
- Ambrósio de Milão, Comentário sobre Lucas 10,60 - J1309.
- Jerônimo, Contra Joviniano 2,3s - J1380, J1404, J1405.
- Pelágio, Livre Arbítrio: Graça de Cristo 4,5 - J1413.
- Juliano de Eclano, A Floro 5,41 - J1416.
- Agostinho de Hipona, Carta a Valentino 215,4 - J1455, J1495, J1560.
- Agostinho de Hipona, Questões a Simpliciano 1,2,12 - J1572-1573.
- Agostinho de Hipona, O Espírito e a Carta 3,5s - J1729, J1735, J1742.
- Agostinho de Hipona, Homilias sobre João 26,2s - J1821, J1926, J1942.
- Agostinho de Hipona, A Graça e o Pecado Original 1,25,26 - J1854.
- Agostinho de Hipona, Admonição e Graça 11,32 - J1955, J1972
- Próspero de Aquitaine, A Graça de Deus 18,3 - J2038.
- Cirilo de Alexandria, Comentário sobre João 13,18 - J2113.
- João Damasceno, Fonte de Conhecimento 3,3,20 - J2367.

* Tradição:

- Polícrates, Carta a Vítor de Roma 5,24,1 - J190a.
- Ireneu de Lião, Contra as Heresias 2,91,1 - J192,198,209.
- Ireneu de Lião, Contra as Heresias 3,3,2 - J210-213,226,242,257.
- Ireneu de Lião, Contra as Heresias 5,20,4 - J264.
- Tertuliano de Cartago, Contra os Hereges 19,3 - J291-296,298.
- Tertuliano de Cartago, Do Véu das Virgens 2,1 - J328a,329.
- Tertuliano de Cartago, Contra Marcião, 4,5,1s - J341,371.
- Hipólito de Roma, Contra a Heresia de Noeto 17 - J394.
- Orígenes de Alexandira, Doutrinas Fundamentais 1,Prefácio,2,4 - J443,445,785.
- Atanásio de Alexandria. Carta a Serapião 1,28 - J782.
- Foebad de Agen, Contra os Arianos 22 - J898.
- Basílio de Cesaréia, Transcrição da Fé 125,3 - J917.
- Basílio de Cesaréia, Do Espírito Santo 27,66 - J954.
- Basílio de Cesaréia, Da Fé 1 - J972.
- Gregório de Nissa, Contra Eunômio - J1043.
- Epifânio de Salamina, Contra Todas as Heresias 61,6; 73,34 - J1098,1107.
- João Crisóstomo, Sobre Romanos 1,3 - J1181.
- João Crisóstomo, Sobre 2Tessalonicenses 4,2 - J1213.
- Jerônimo, Diálogo entre Luciferianos e Cristãos 8 - J1358.
- Agostinho de Hipona, Carta a Januário 54,1,1.3 - J1419,1419a.
- Agostinho de Hipona, Contra a Carta de Mani 5,6 - J1581.
- Agostinho de Hipona, Do Batismo 2,7,12; 4,24,31 - J1623,1631.
- Agostinho de Hipona, Da Interpretação Literal do Gênesis 10,23,39 - J1705.
- Agostinho de Hipona, A Cidade Deus 16,2,1 - J1765.
- Agostinho de Hipona, Contra Juliano 1,7,30; 2,10,33 - J1898-1900.
- Inocênio I de Roma, Carta ao Concílio de Cartago 29,1 - J2015f.
- Teodoreto de Ciro, Carta a Florêncio 89 - J2142.
- Vicente de Lérins, Comonitorium 2,1; 9,14 - J2168,2169.
- Vicente de Lérius, Comonitorium 20,25; 22,27 - J2172-2175.
- Gregório I de Roma, Homilia sobre Ezequiel 2,4,12 - J2329.
- João Damasceno, Homilia 10,18 - J2390.

* Necessidade das Boas Obras:

- Ambrósio de Milão, Carta a Constâncio 2,16 - J1247.
- Agostinho de Hipona, Questões a Simpliciano 1,2,2.6 - J1569-1570.

Algumas notas finais acerca da Sola Scriptura e do inventor e fundado do Protestantismo...

Martinho Lutero chegou a perceber o dano que a Sola Scriptura e a "interpretação
particular" da Bíblia estavam causando à sua "Reforma" e fez os seguintes comentários:


- "Este não escuta sobre o Batismo, aquele nega o sacramento e aquele outro coloca um mundo entre este e o último dia; alguns ensinam que Cristo não é Deus, alguns dizem isto e alguns dizem aquilo; há tantas seitas e credos quanto o número de cabeças. Nada é tão rude quanto aquele que tem sonhos e fantasias, e pensa por si mesmo que
foi inspirado pelo Espírito Santo, devendo ser um profeta" (De Wette 3,61; citado em O'Hare, "Os Fatos sobre Lutero", p. 208).

"Nobres, homens das cidades: os camponeses e todas as classes [dizem] entender o Evangelho melhor do que eu ou que São Paulo. [Dizem que] são sábios agora e se crêem mais doutos do que todos os ministros" (Walch 14,1360; citado O'Hare, Ibid, p. 209.)

- "Reconhecemos - como devemos - que muito do que eles (=os católicos) dizem é verdade: que o papado possui a Palavra de Deus e o ofício dos Apóstolos, e que recebemos as Sagradas Escrituras, o Batismo, o Sacramento e o púlpito deles. O que saberíamos nós acerca disso se não fosse por eles?" (Sermão sobre o Evangelho de São
João, capítulos 14 a 16, pregado em 1537; "Obras de Lutero", vol. 24, Sn. Louis, Mo.:Concórdia, 1961, p. 304).

Tudo isto e muito mais foi dito pelo fundador da Sola Scriptura pouco tempo depois de ver o dano que causara e que continuava causando. Nessa época, Zwínglio corria para um lado, Muntzer para um outro e Calvino para um outro ainda - todos eles dispersando as ovelhas e carregando [uma parte do] rebanho. Lutero começara algo e não conseguiu
mais parar.

"Uma vez que abres a porta ao erro, não podeis mais fechá-la". Quanta verdade nesta expressão! Lutero deu o primeiro exemplo!

Mais algumas declarações interessantes feitas por Martinho Lutero:

Sobre a Bem-Aventurada Virgem Maria:

"O principal é que ela chegou a ser a Mãe de Deus, processo no qual se lhe concederam tantos e tão grandes dons que ninguém é capaz de compreender. Consequentemente, segue toda honra, toda bênção e o fato de que sobre toda a raça humana apenas uma pessoa encontra-se por cima de todas as demais, alguém que não é igual a ninguém mais. Por
essa razão, sua dignidade encontra-se completa em uma só frase, quando a chamamos de 'Mãe de Deus'. Ninguém pode dizer algo maior acerca dela ou a ela, inclusive se tivesse tantas línguas quanto as folhas e fibras do pasto, as estrelas do céu e a areia das praias. Deve-se ainda meditar no coração o que significa ser a Mãe de Deus" (Die Erklarung des Magnificat; 1521).

O primeiro Protestante amava e honrava a Bem-Aventurada Virgem Maria, a Mãe de Deus. Porque o Protestantismo não seguiu o seu exemplo em honrá-la? Frutos da Sola Scriptura...

"Quando vier Ele, o Espírito da Verdade, os guiará até a verdade plena; pois não falará por si mesmo, mas falará do que ouviu e anunciará a eles o que há de vir"(João 16,13).

A maioria das seitas protestantes afirma que o Espírito Santo está "ensinando-lhes" a verdade. No entanto, só pode existir uma única verdade.

Desde a vinda da Sola Scriptura e da interpretação individual da Bíblia, como poderia o Espírito Santo se encontrar em milhares de seitas, ensinando a cada uma delas pontos de vista opostos? Deve-se observar que todas as denominações ensinam com a mesma Bíblia; portanto, por que possuem diferenças em suas doutrinas?

1. Como pode o Espírito Santo dizer aos Luteranos que na Eucaristia Cristo está realmente presente se depois diz aos Batistas que é apenas um símbolo?

2. Como pode o Espírito Santo dizer aos Metodistas que se deve ordenar mulheres se depois diz aos mesmos Batistas que isto não é bíblico?

3. Como pode o Espírito Santo dizer aos Adventistas do Sétimo Dia que o sábado é o dia de se prestar culto se depois diz aos Presbiterianos que o culto deve se dar no domingo e não no sábado?

4. Como pode o Espírito Santo dizer aos Luteranos que a Santíssima Virgem Maria foi e permaneceu sempre virgem se depois diz aos Batistas que ela teve outros filhos?

5. Como pode o Espírito Santo dizer aos Batistas: "uma vez salvo, sempre salvo!" e depois dizer à Igreja de Cristo (denominação protestante) que a Sola Fides é
antibíblica?

6. Como pode o Espírito Santo dizer aos Episcopais para batizar as crianças e depois dizer aos Pentecostais que o batismo infantil é ínválido?

7. Como pode o Espírito Santo dizer aos Mórmons que a Santíssima Trindade são três pessoas separadas (três deuses) e depois dizer aos Metodistas que são três Pessoas e um só Deus?

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